Nenhuma mulher está a valer a pena.
As que na rua vejo, parecem que mais
Senão assustadores templos vazios,
Casca sem espírito, olhos vazados?
Nenhuma mulher está a valer a pena.
Escuto que procuram, candeia na mão,
Pelo homem de verdade: e não são elas
Arremedo, porque de fato morreram?
Nenhuma mulher está a valer a pena.
Todas são estáticas, pálidas, frias,
Como estátuas antigas, que perderam,
Inférteis, a sua função primordial.
Nenhuma mulher está a valer a pena.
Então me cerco por mulheres fantasmas,
Que sussurram apenas mesquinharias.
Voz sensual, que visa apenas a morte.
Existem sim muitas belas aos meus olhos,
Muitas provocam em mim prazer e desejo,
Mas efêmeros; mundo desalojado,
Porque ao invés de mulheres, só há sombras.
Não há luz transbordando; apenas choros,
Tristeza do suicídio feminino.
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