Wednesday, September 22, 2010

Ainda do desejo de ser promovido em empresas bagunçadas

Pois novamente direi algo acerca de ser promovido em empresas bagunçadas. É semelhante a uma cena do filme "A Queda", em que um general alemão, após ter sido nomeado comandante das forças de Berlim, diz morrer era mais vantajoso que receber tal honra. A quem as entrelinhas foram sutis demais, explico que às vezes é melhor permanecer mediocremente oculto a brilhar montado num enorme pepino.

Thursday, September 16, 2010

Do desejo de ser promovido em empresas bagunçadas

Refletindo acerca da cobiça por cargos mais altos em empresas bagunçadas -- a experiência é pessoal, ainda que a vontade seja de terceiros --, lembrei-me, por estranho que pareça, de um episódio do desenho "Liga da Justiça". O poderoso Darkside, para variar, queria subjugar a Terra, mas precisava de ajuda. Convenceu o líder de uns criminosos que o tornaria um grande rei caso o auxiliasse. Não sendo difícil instigar a cobiça de criminosos, foi feito o acordo. Pois bem, após plantar um artefato nuclear num ponto estratégico, o criminoso entrou em contato com Darkside a fim de ser resgatado do local o mais rapidamente possível. O super-vilão, contudo, disse-lhe que já estava satisfeito e simplesmente se despediu. Tendo ficado compreensivelmente indignado, o criminoso disse a Darkside que ele havia quebrado o acordo de lhe tornar o rei do mundo, ao que obteve como resposta: "Mas eu lhe tornei efetivamente rei. O rei dos tolos." Ora bem: eis ao que leva o desejo de promoção em determinadas circunstâncias...

Thursday, June 10, 2010

De um breve comentário sobre um espetáculo artístico

Tenho diante de mim uma cabrocha executando passos ao som de Jeux d'eau, de Ravel, em programa da TV Brasil. Não posso dizer que o espetáculo esteja sendo do meu agradado, e isso por uma dupla razão. Ora, tendo os movimentos de dança me feito lembrar da menina possuída pelo demônio em O Exorcista, custa-me captar qualquer beleza ou sentido artístico no que está sendo executado, descontando, é claro, a minha supina ignorância em matéria de dança. Digo, aliás, que a beleza da cabrocha é proporcional à sua performance, o que muito me entristece. Ao menos para mim, embrutecido pelos sentidos como sou, não é fácil contemplar os passos de dançarinas um tanto desprovidas de recursos estéticos. Contudo, posto que há sempre rastros de bem por toda a parte neste mundo admirável, ao menos é possível dizer que dança e estética estão assaz harmonizadas, embora sob a classe do mal.

Tuesday, February 16, 2010

A. da Silva Mello, "Mistérios e Realidades dêste e do outro Mundo" (3ª ed, pp 35-41)

Queremos lembrar os célebres cavalos de Eberfeld, que constituíram um dos mais assombrosos acontecimentos do mundo civilizado, dando lugar a elevado número de publicações, mesmo de autoridades científicas. O ruído feito em torno da descoberta foi imenso e só diminuiu quando encontrada explicação para o fenômeno. O professor Claparède, da Universidade de Genebra, proclamou-o como "o acontecimento mais sensacional que jamais surgiu na Psicologia". Karl Krall, no seu livro "Animais que pensam", baseado em suas experiências, que foram a continuação das de Von Osten, o descobridor da maravilha inesperada, fêz um estudo minucioso da questão, já estribado em considerável bibliografia.

O fato capital, de onde partiu todo o movimento, proveio das experiências de W. von Osten, um velho oficial alemão aposentado, que dedicou parte da sua vida ao estudo da inteligência dos animais. Em 1900, adquiriu um cavalo russo, que se tornou célebre sob o nome de Hans, apelidado "o sábio", ao qual ensinou cálculo por meio de quilhas, e, depois, de números. Os resultados foram tão extraordinários que se falou de uma transformação da psicologia animal e de descobertas que o homem estava longe de suspeitar. O cavalo aprendeu a contar, a calcular e a resolver pequenos problemas. "Mas Hans não sabia sòmente calcular: podia ler, era musicista, sabendo distinguir acordes harmoniosos de dissonantes. Possuía memória extraordinária, conseguindo indicar a data os dias da semana. Numa palavra: sabia resolver tôdas as operações que um bom colegial de 14 anos é capaz de efetuar." Em poucas semanas aprendeu a extrair raízes quadradas e cúbicas e, logo depois, a soletrar e a ler, servindo-se de um alfabeto convencional imaginado por seus mestres. Durante muitos anos Osten entregou-se, com dedicação nunca vista, à educação do animal, que recebia aulas uma a duas vêzes por dia. A tarefa foi árdua e só prosseguiu a passos muito lentos, pois tudo era desconhecido naquela nova aprendizagem, cheia de mistérios e surpresas, tanto para o mestre, quanto para o discípulo. Osten, de temperamento excêntrico, considerado por muitos como verdadeiro maníaco, não conseguiu, durante longo espaço de tempo, despertar interêsse em tôrno da sua descoberta, que não foi mesmo tomada em consideração. Já desesperado da situação, tentou, por meio de anúncio de jornal, chamar a atenção sobre o extraordinário fenômeno, propondo vender o animal, do qual enumerava as singulares capacidade intelectuais, que demonstraria, gratuitamente, aos interessados. Nessas circunstâncias, apareceu-lhe Eugen Zobel, escritor e profundo conhecedor de hipologia, que, vivamente interessado pelo assunto, publicou diversos artigos sôbre Hans, desde então conhecido como o cavalo sábio. Daquele momento em diante, houve imensa agitação em tôrno do fato, que despertou a curiosidade do grande público, sem contar muitos psicólogos e cientistas. A casa da rua Griebenow 10, na região norte de Berlim, onde morava von Osten e se encontrava o animal, passou a receber tal número de visitantes que se tornou necessária a intervenção da polícia para regular o trânsito circunvizinho. Até do estrangeiro chegavam personalidades de renome para estudar o estranho fenômeno, que vinha revolucionar tudo o que sabíamos dos animais, que agora apareciam como possuidores de inteligência idêntica à do homem, sob todos os pontos de vista! Hans fazia cálculos de alta matemática, conhecia linguagem humana, compreendia alemão, entendia perguntas que lhe eram feitas e dava-lhes respostas inteligentes, demonstrando que raciocinava de maneira idêntica à do ser humano.

É natural que se levantasse grande agitação em tôrno da descoberta, que, desde logo, conduziu às mais desconcertadas opiniões, das mais favoráveis e entusiásticas, às mais céticas e negativas. A imprensa publicava artigo sôbre artigo, surgiam livros sôbre a questão, dando lugar a discussões tão vivas e apaixonadas, que o govêrno e as universidades se sentiam na obrigação de dar atenção ao assunto, estudando-o objetivamente. Eberfeld tornou-se um verdadeiro centro de peregrinação, sobretudo para sábios, que acorriam de diversos países e de todos os recantos da Alemanha. Entre êles, foram registrados: Edinger, o eminente neurologista de Francfort; Claparède, da Universidade de Genebra; Kraemer e Ziegler, de Sttutgart; Sarasin, de Basilea; Besredka, do Instituto Pasteur de Paris; Ostwald, Schoeller e o físico Gehrke, de Berlim; William Mackenzie, de Génova; Assogioli, de Florença; Freudenberg, de Bruxelas; Hartkopf, de Colônia; Buttel-Reepen, de Oldenburg; Ferrari, de Bolonha, Goldstein, de Darmstadt, e inúmeros outros, alguns dos quais se convenceram de que os animais realmente calculavam e que as operações matemáticas eram manifestações da sua inteligência. Maeterlinck, vindo da Bélgica para estudar o fenômeno, ficou maravilhado diante do que pôde observar. Ele próprio confessa ter sido sempre fraco em Matemática e que se sentiu emocionado ao propor ao animal problemas dessa natureza. Realizou experiências com o cavalo Muhamed que, ao lado de Zarif, se revelou ainda mais inteligente que Hans, todos agora sob a direção de Karl Krall, autor do livro fundamental sobre a questão. Maeterlinck relata que devido à sua ignorância em Matemática, formulou erradamente o problema que apresentou ao cavalo e que êste, sem poder resolvê-lo, ficou perplexo, com a pata suspensa no ar. Não foi senão quando Krall descobriu o êrro e corrigiu o problema, que o animal encontrou a solução.

A primeira comissão científica para estudar o caso de Hans iniciou seus trabalhos em setembro de 1904, sendo composta de professores de Psicologia, Fisiologia, Zoologia, Veterinária e de especialistas em equitação e adestramento de animais, além de oficiais de cavalaria, do diretor do Jardim Zoológico e do diretor do Circo Busch, de Berlim. Essa comição comprovou a veracidade dos fenômenos relatados e nada tendo encontrado de falso ou suspeito, concluiu que os fatos eram reais, sendo merecedores de profunda investigação cientítica. Imediatamente depois, em Outubro de 1904, o Ministério da Educação nomeou nova comissão para ocupar-se do assunto, desta vez formada pelo professor C. Stumpf, diretor do Instituto de Psicologia da Universidade de Berlim e dos seus dois assistentes, O. Pfungst e Hornbostel. Depois de algumas semanas de trabalho, chegou a comissão a resultados completamente diferentes, apresentando um extenso relatório, no qual "sustentava que o cavalo não era dotado de inteligência, não reconhecia letras nem números, não sabia calcular, obedecendo simplesmente a sinais imperceptíveis, que, inconscientemente, escapavam à argúciado seu próprio mestre". A verificação parecia de grande evidência, pois experiências feitas no escuro ou depois de se haver tapado os olhos do animal fracassaram por completo. O mesmo aconteceu quando eram os resultados desconhecidos das pessoas presentes, ou, simplesmente, da pessoa que dirigia a pergunta ao animal, assim como quando êste não a podia ver.

Emilio Rendich, pintor italiano que vivia em Berlim e acompanhara cheio de admiração as experiências de von Osten, acabou por duvidar dos fatos, sobretudo de que o animal agisse servindo-se ùnicamente da sua própria inteligência. Rendich percebeu que o cavalo se orientava por movimentos quase imperceptíveis fornecidos inconscientemente pelo instrutor, cuja boa fé e honestidade estavam fora de dúvida. Bastava um movimento mínimo da cabeça de von Osten para o animal orientar-se quanto ao momento em que devia bater a pata, tudo de acôrdo com os resultados esperados. Para demonstrar que o mecanismo de transmissão era realmente êsse, Rendich realizou experiências com uma cadela de sua propriedade, Nora, cujos resultados foram inteiramente semelhantes aos de von Osten com seu cavalo Hans. A cadela lia, calculava, reconhecia notas musicais e, por meio de latidos, dava respostas às perguntas que lhe eram feitas. E ninguém percebia os sinais que o dono lhe transmitia! Por meio dêsses sinais inconscientes e imperceptíveis, foi encontrada explicação para os fatos em questão, desde logo aceita pelo professor Stumpf e seus auxiliares, que assistiram às experiências de Rendich.

Já antes, em 1903, Albert Moll, então presidente da Sociedade de Psicologia de Berlim, havia feito verificações idênticas, chegando à conclusão de que o cavalo nada apresentava de extraordinário, pois apenas reagia a sinais que lhe eram dados imperceptìvelmente. Mais tarde, isso foi demonstrado experimentalmente por Pfungst, que conseguiu verificar os sinais dados inconscientemente, reproduzindo-se conscientemente. Dessa maneira, êle obteve as mesmas reações do animal, independentemente das questões que lhe eram propostas. Por vêzes, mesmo sem formular a pergunta, apenas nela pensando intensamente, obtinha-se do animal a resposta esperada, pois o simples ato de concentrar a atenção sôbre determinada questão já era suficiente para levar o experimentador a executar movimentos imperceptíveis, que serviam para estabelecer a resposta.

O que aconteceu com Hans, o cão Rolf, de Marnheim e a gata Daisy, e outros animais, reproduziu-se com Basso, um chimpanzé do Jardim Zoológico de Frankfurt, que se se tornou centro de atração devido à sua capacidade intelectual, idêntica à do cavalo Hans, sobretudo para cálculos. Houve, igualmente, aí, muita disputa em tôrno dêsse caso, tendo-se apelado até para a telepatia, com o fim de explicá-lo. Finalmente, tudo acabou nos sinais imperceptíveis fornecidos pelo guarda e dos quais êle próprio não tinha conhecimento.

Dessa maneira, foi abandonada a explicação da transmissão directa de pensamento, assim como da telepatia e do mediunismo, que alguns autores quiseram explorar para interpretar os fenômenos em questão. Tudo terminou no mais puro cumberlandismo, isto é, na averiguação de que a pretensa transmissão de pensamento não passava do emprêgo de sinais convencionais, reduzindo-se o processo ao simples mecanismo da "dressagem", pela qual são transmitidas ao animal as ordens do domesticador. Aliás, parece que o interêsse e a atenção do animal eram despertados e mantidos pela ofêrta de pão, cenoura e outros alimentos, recurso muito usado nos habituais processos de adestramento. Em todo o caso, não foi fácil pôr a claro o mecanismo dessas manifestações, que a princípio deram lugar às mais fantásticas suposições. O próprio professor C. Stumpf, que fizera parte da primeira Comissão, concluindo pela realidade e inexplicabilidade do fenômeno, é o mesmo que assina o segundo parecer, que destruiu o mistério, explicando-o de modo tão simples e natural. "Pelo relatório da Comissão científica foi destruído o limbo de glória que havia cercado o cavalo de von Osten, no que êle tinha de mais extraordinário e mesmo inacreditável. Apesar de tôda a sua arte, saber ler e calcular, tornou-se um simples cavalo de circo, semelhante a muitos outros, apenas reagindo a sinais menos perceptíveis. Com isso desapareceu também o interêsse que havia em tôrno dêsse prodigioso animal, raramente aparecendo, desde então, qualquer pessoa para assistir às novas experiências". É o que nos diz Karl Krall, enquanto Maeterlinck acrescenta: "Houve na opinião pública uma grande e brusca reviravolta. Sentia-se uma espécie de alívio algo covarde, vendo-se sùbitamente extinguir-se um milagre que já ameaçava lançar perturbação nesse pequeno rebanho tão satisfeito com as verdades já adquiridas. Ao pobre von Osten nada valeu protestar; não foi mais ouvido, a causa estava perdida. Também não se levantou mais dêsse golpe oficial, tornando-se motivo de chacota de todos aquêles que, a princípio, havia maravilhado. E assim morreu na amargura e no isolamento, a 21 de julho de 1909, na idade de 71 anos." É dessa maneira, românticamente, que Maeterlinck descreve o final da vida de von Osten. Na verdade, êle morreu de um câncer do fígado, que o fêz sofrer enormemente. E, durante a doença, não cessou de praguejar contra o pobre Hans, amaldiçoando-o de tôdas as maneiras, como responsável por todos os seus males. Talvez constitua isso um elemento psicológico de valor para esclarecer a marcha que tomaram os acontecimentos!

A obra de von Osten foi, como dissemos, prosseguida por Karl Krall, a quem aquêle doou o seu Hans e que fêz experiências com outros cavalos, sobretudo os de nome Muhamed e Zarif, que, sob muitos aspectos, se revelaram mais inteligentes que o próprio Hans, cognominado o sábio. Krall procurou demonstrar que as observações de von Osten eram exactas e que os animais em questão realmente possuiam as qualidades intelectuais que lhes eram atribuidas. Procurou excluir as causas do êrro, sobretudo em relação aos sinais imperceptíveis e, com auxílio do seu colaborador, Dr. Schoeller, tentou ensinar a Muhamed, o seu cavalo mais inteligente, a se exprimir por meio da palavra articulada. O animal fêz esforços para consegui-lo, mas terminou por parar de repente, dizendo em alemão, por meio de pancadas dadas com a pata, na sua estranha linguagem fonética: "Ig hb kein gud Stim", que quer dizer: "Eu não tenho boa voz!" Essa simples frase possui incalculável valor para decidir a questão, pois traduz raciocínio de caráter puramente humano, que mostra capacidade de expressão em idioma também puramente humano. Já se tem alegado, com tôda a razão, que a sabedoria animal atribuída aos cavalos de Eberfeld pressupõe o conhecimento de um idioma humano, no caso em questão da língua alemã, o que ultrapassa tudo o que se pode admitir, mesmo por hipótese. É verdade que Krall, no seu livro, fornece protocolos dando a impressão de que mantinha conversa com os seus cavalos em têrmos estritamente humanos, até porpondo-lhes enigmas, que êles conseguiam resolver. Em vez, porém, dêsses exageros possuirem qualquer valor de prova, o que antes demonstram é quanto deve haver de falso e errôneo em tais interpretações. Antes de tudo, é preciso considerar que os conhecimentos em causa em nada adiantariam aos animais, estando fora das suas tendências e necessidades biológicas. Se não fôsse assim, seria mais fácil, em vez das complicas experiências realizadas por Krall e outros autores, que se dissesse simplesmente ao animal onde se encontravam guardados os seus alimentos, deixando-os procurá-los por simples informação verbal. Certamente, teriam êles mais interêsse em realizar essa prova do que em fazer cálculos matemáticos, inteiramente estranhos à sua maneira de viver e que as próprias crianças, nas escolas, têm dificuldade de aprender.

Charles Richet, referindo-se aos animais sábios, apresenta um argumento de grande valor: "Não podemos admitir que Muhamed, Rolf, Hanschen e Berto sejam sêres excepcionais. Se êles deram provas de inteligência, é quase certo que tanbém outros animais as dariam. Porque, então, os fatos relativos aos cavalos de Eberfeld e aos cães de Mannheim não se repetiram? Porque ficaram isolados na ciência, ou na lenda? Se a aptidão de cavalos para o cálculo fôsse um fenômeno verdadeiro e não uma ilusão, poder-se-iam criar centenas de cavalos calculadores. E não foi isso o que aconteceu. O silêncio fez-se em tôrno dos cavalo de Eberfeld. Não apareceram outros! Porque, se não foi uma ilusão, idola temporis? Tal é, penso eu, a mais grave objeção que pode ser feita aos fatos alegados por Krall. E é uma objeção tão grave, que arrasta à negação".

Aliás, não era a primeira vez que se pretendia haver descoberto características de inteligência humana no cavalos e outros animais, pois, já em tempos passados, haviam aparecido casos idênticos aos de Eberfeld. Basta recorda o que nos conta Guer sôbre um célebre cavalo exposto na feira de Saint Germain, em 1732, e que andou em excursão por outras cidades da França. Êsse animal reconhecia cartas de baralho, dados de jogar, horas e minutos no relógio e dinheiro em moedas, batendo com a pata para designar os seus valores. O filósofo Le Gandre, que descreve o fato, diz nada haver nêle de falso ou exagerado, pois tudo era executado diante de numerosos observadores. Conclui, porém, que o cavalo era guiado por sinais, por gestos e pela voz do dono, acrescentando que o extraordinário é que esse sinais fôssem imperceptíveis, passando despercebidos à assistência.