aien aristeuein kai upeirokhon emmenai allon (Ilíada, Z 208)
Neste verso está resumido o ideal de formação da aristocracia arcaica grega: para ser sempre o primeiro e de todos os mais distinguir-me, disse Glauco para Diomedes, acerca da exortação dada pelo seu pai antes de ir defender Tróia.
Este ideal nobre é algo bem diferente de nossos tempos. Pois afinal de contas, que mais nossa educação preconiza senão a igualitarização - palavra feia - entre todos, custando a admitir que a própria educação leva a uma preeminência de uns sobre outros? E mais distante ainda está a idéia de superação, mediante obstáculos sérios e difíceis. Isto agradava a um nobre aquivo dos tempos de Aquiles Pelida. Hoje em dia, ninguém aprecia o fardo imposto a si mesmo mediante a nobreza residente em nossa alma ou, noutras palavras, a exigência de não sermos inferiores a nós mesmos, sinônimo de ignorância segundo Sócrates no Protágoras (358 c).
Quem sabe a leitura extensiva de Homero e Platão não remediaria este fato?
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