Nunca confiei em psicólogos ou psicanalistas. Tudo bem que não ouso nem a pau pisar numa tampa de bueiro também, mas isto é uma coisa que nada tem a ver com o assunto. Mas não confio neles.
Quer dizer, não confio, lógico, em qualquer um. À primeira vista, eu não disse nada demais: da mesma forma que é natural alguém averiguar a data de validade de um iogurte antes de comprá-lo, de um modo semelhante naturalmente buscamos - ou deveríamos buscar - informações acerca do sujeito que cuidará da gente.
No entanto, quando eu digo que não confio, é imaginando a vida pessoal do psicólogo ou do psicanalista. Será que eles costumam aplicar a si mesmos o que receitam aos outros? Ou será que eles agem como aqueles que muitos conselhos prudentes dão, mas que não aplicam nada em suas próprias vidas? Isso sem contar que, segundo imagino, a maioria foi "cozida" nalguma universidade deste país, particular ou pública, o que de antemão me deixa mais desconfiado ainda. Já ouvi falar de gente que entrou normalmente numa universidade e saiu com duas cabeças e cascos de bode no lugar dos pés. Tais fábulas me fazem sentir um terror indescritível.
Não sei, mas talvez, por via das dúvidas, melhor seria consultar primeiramente os nossos próprios pais e depois um bom padre. Ao menos em geral, estes sim vivenciam em si mesmos aquilo que dizem e querem nosso bem de forma desinteressada. Donde se conclui que apenas confio em psicólogos que sejam ao mesmo tempo parentes ou religiosos. Sobre psicanalistas não digo nada, porque primeiro tenho de continuar estudando a Poética antes de me manifestar em questões de alguma gravidade.
Ou será que estou dizendo só tolices? Ah, que seja.
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