Eu ia escrever sobre a razão do mundo ter sido criado e qual a finalidade última do homem, porém algo mais urgente me incomoda, algo que desnorteou meus padrões a respeito de garotas e que vale a pena registrar. É que conheci um grupo delas que nunca, jamais ouviu falar em Johnny Depp (na melhor das hipóteses "se lembrava vagamente").
Johnny Depp! Para mim, toda garota (menos a minha amiga Rosselline, sabe-se lá Deus o motivo) adorava aquele sujeito. E para minha professora de inglês também. Tanto é que, durante a aula de sábado passado, mostrando a foto do ator, perguntou só para as garotas quem era ele. Silêncio. Eu, que havia dormido uma horinha apenas na noite anterior, achei que estava sonhando. "Mas vocês não lembram quem é ele?", ela perguntou. Juro que vi três pontinhos saindo da cabeça de cada uma das moças. "Mas não lembram dele em nenhum filme?", foi a outra tentativa da professora. Nada. Sobrou para mim a tarefa hercúlea de responder, até porque o outro homem da sala era um senhor de idade, o qual, presumivelmente (e depois admitido pela sua própria boca), jamais havia visto tal gajo. "É o Johnny Depp", respondi. As garotas riram, porque antes a professora disse que todas elas saberiam responder. "Pronto, já vão achar que sento na mariola", pensei. Sorte que eu estava com a barba por fazer.
A professora tentava lembrar alguns de seus filmes, mas não conseguia. Lá fui eu ajudar: "Do Inferno, Piratas do Caribe, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça..." Alguém subitamente associou nome e imagem e lembrou de A Fantástica Fábrica de Chocolates.
É verdade que não contribui em nada para a inteligência saber quem é aquele cara. Por outro lado, estou tão acostumado a ouvir que aquele ator é lindo, maravilhoso, etc, que estranhei muito quando um grupo de garotas nem suspeitou quem ele era pela foto. Talvez a partir daí passem a compor o longo fã clube de Johnny Depp, não sei.
PS - Pelas minhas contas, nesses últimos seis anos fui conhecendo, cada vez mais admirado, um pouco melhor as mulheres. Marcos atrás de marcos fui conquistando, como um alpinista que só a duras penas escala o monte imenso e difícil. É claro que meus anos de formação na matéria, dada a sua natural complexidade, ainda estão muito longe de terminar, porém, quando olho para trás, inevitavelmente acho graça dos meus antigos pensamentos a esse respeito. Mas o evento do sábado passado em nada se inclui profundamente nisso. Foi apenas algo curioso.
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