Desculpe, leitor, mas preciso fazer um pequeno reparo ao texto do caso Shiavo. Eu disse que o pai de família nas tribos germânicas tinha o direito de vida e morte sobre sua mulher, escravos e filhos. Escrevi uma tolice, fazendo uma confusão dos diabos. Na verdade, quem tinha o direito de vida e morte sobre seus filhos era o pater familias. Um romano podia abandonar à própria sorte uma criança, o que equivale dizer que assinava sua sentença de morte. Nas tribos germânicas, muito embora não fosse permitido o infanticídio, ainda assim o pai podia abandoná-la. Ela, então, ficava sob a tutela dos parentes maternos.
Tal era a sorte dos mais fracos nas sociedades de onde surgiu a Idade Média. Somente na era medieval a situação dos pequenos mudou drasticamente, tudo graças ao empenho da Igreja.
Será que a nossa atual situação com relação às crianças é mais um indício do abandono do cristianismo por boa parte do mundo? É um retorno às práticas romanas e germânicas com relação à sorte das crianças? Não sei, mas toda essa história é muito sugestiva.
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