Eu já estava todo contente e faceiro, prestes a escrever alguma coisa sobre o Ano Novo, quando de repente me deparei com um texto do Gustavo Corção: Ano Novo? Ali está tudinho o que eu gostaria de escrever sobre o assunto, embora me falte capacidade para tanto.
Resta-me dizer que o que foi de bom agrado não foi foguetório nenhum, já que permaneci na gruta que chamo de lar. Na-na-ni-na-não. Nada de praia, reuniões, etc. Não há criatura mais prazerosamente anti-social do que eu, e quando penso nisso acho muito bom, dados os vexames coletivos dos quais escapei, se bem que nem sempre. Passei o Ano Novo "monasticamente" - já já vem a explicação das aspas - assistindo à TV, sem a menor curiosidade de ver o foguetório da praia de não sei onde, tendo de fundo a banda não sei qual, havendo trocentas milhões de almas acotovelando-se umas às outras. E amigo leitor, não poderia ser o fim mais perfeito de mais uma monótona volta do sol em torno do nosso planetinha: creia, uma maratona de doze horas de James Bond, preludiada por Rocky III, que eu não via desde que Maomé II tomou de assalto Constantinopla! E para maior gáudio, ainda havia Pepsi e pavê me fazendo companhia! Realmente este é de todos o melhor mundo possível.
Tal é minha idéia de retiro do mundo, explicando portanto as aspas. Mas não inveje minha sorte, caro leitor. Eu é que tenho de te agradecer, pois se você não cresse que a cada volta do sol tudo se renovará, não haveria especiais tais como aquele. Então permaneça com tua adoração do irmão sol que eu me divertirei com o resto.
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