Sunday, May 27, 2007

Desculpa para meus erros bobos

Vira e mexe deixo passar uns erros idiotas. Outro dia eu estava relendo o que escrevi há posts atrás sobre ciência e descobri um "consiguisse" e um "univeral". Praguejei e consertei. Isso que dá escrever meio que às corridas e sem revisar nada direito. É que quando tenho alguma idéia corro e escrevo logo aqui. Às vezes preparo o que escrevo antes de publicar, mas isso não é muito comum, até porque já notei que, quanto mais preparo o texto, menor é a probabilidade de eu sequer terminá-lo. E quanto aos textos publicados, normalmente só mudo uma coisinha ou outra depois, principalmente naqueles textos que eu já aviso que são rascunho. Eu deveria escrever: "rascunho do rascunho". Por sinal, naquele último sobre o Brasil, reescrevi muita coisa e se bobear vou mexer no texto de novo. Outra desculpa é que, por um motivo que nem eu entendo, mas que imagino que seja um gracejo de alguma musa, costumo publicar os textos quando estou para dormir. Esse post mesmo é um bom exemplo. Eu estava caindo de sono (e ainda estou) quando de repente me veio a idéia de escrever essas coisas. Como não consigo dormir enquanto não escrevo de uma vez o que me vem à cachola, tive de acomodar meu traseiro na cadeira e colocar aqui no blog todas essas coisas entre mil bocejos. Aliás, peço logo desculpas ao leitor pela minha falta de educação.

Tendo escrito, dormirei. E tenha um bom dia.

Friday, May 18, 2007

Um pouco sobre o Brasil

Ortega y Gasset dizia que uma das principais características dos "mocinhos satisfeitos" (señoritos satisfechos) era sua falta de autenticidade. Os "mocinhos satisfeitos" têm a noção de que algumas coisas têm de ser o que são, mas eles fazem questão de berrar justamente o contrário. É tudo fingimento. Vejamos o que o filósofo espanhol diz sobre isso em A Rebelião das Massas:

Seria bom que estivéssemos forçados a aceitar como autêntico ser de uma pessoa o que ela pretendia mostrar-nos como tal. Se alguém se obstina a afirmar que dois mais dois é igual a cinco, e não há motivo para supô-lo demente, devemos afirmar que não o crê, por muito que grite e ainda se deixe matar para sustentá-lo.


(Só um adendo: esse ensinamento é valiosíssimo. Na esdrúxula polêmica entre Clodovil e uma deputada, podemos ver de que forma ela, que de autêntica só tem o fato de ser uma "senhorita satisfeita", fez todas as pirraças do mundo para debalde nos convencer que Clodovil a atacou terrivelmente. Claro que foi fingimento, além de petulância assombrosa. Foi exatamente esse tipo de fanfarronada que notabilizou os fascistas.)

Faz pouco tempo que nosso país entrou na bagunça dos tempos modernos, talvez em meados dos anos 50. E entrou desamparado, feito um filhote de gato perdido entre milhares de transeuntes velozes e desatentos. Esse é um dos nossos principais e mais graves problemas. Porque agora, como aliás ocorre em outros lugares, há a proliferação incrível de homens-massa em todas as partes da sociedade, mas, ao contrário do resto do mundo, aqui não há nenhum porto seguro onde possamos baixar velas e descansar. Se quisermos nos salvar - é isso que está em jogo -, teremos de levar a sério o velho ensinamento da Bíblia e suar muito para encarar esse problema. Estamos todos perdidos e é preciso que encontremos nosso rumo, pois não há brasileiro que possa responder satisfatoriamente o que é, afinal de contas, ser brasileiro. Essa alienação impressionante faz com que nossa nação exista apenas em forma de esboço. Nada mais propício para que todas as mazelas do mundo aqui encontrem acolhida segura e entusiasmada. Isso é urgente, porque do contrário não só nosso futuro estará comprometido como o pouco que ainda resta do passado será jogado no lixo.

Ainda é preciso enfatizar um ponto. Parece que a distância oceânica entre nosso país e a Europa acabou repercutindo no nosso afastamento de seu legado, o que redundou numa distância quase de civilizações. Aqui peço licença ao leitor porque é urgente um parêntese. Correndo o risco de ser arbitrário, preciso agora dizer apenas que me refiro em especial à Europa e não aos EUA porque acho que ainda devemos muita coisa àquele continente de onde saiu certa vez o almirante Cabral. Embora uma nação admirável, os EUA hoje são uma espécie de sonho da Alemanha antes da Grande Guerra. Além do mais, talvez seja preciso mais tempo para vermos se o poder de mando dos nossos belos irmãos do norte é comparável ou até superior ao da Inglaterra, que foi uma espécie de diretora de escola do mundo inteiro por tempo considerável. Mas eles têm feito, já há algum tempo, o meritório esforço de trazer para si o legado passado. A Alemanha, por exemplo, já o fez: o alemão foi se tornando uma língua culta à medida em que Homero, Platão e Aristóteles foram sendo entendidos segundo o ponto de vista alemão. Via-se claramente que era ali que se encontrava os ecos da velha Atenas. Em parte isso fez com que eles começassem a olhar seus vizinhos de uma forma mesquinha, mas isso é outra história. O que quero dizer é o seguinte: será que ao ler em inglês temos a mesma sensação de irmos ao Liceu ou à Academia como nossos vovozinhos tinham quando liam em alemão? Mas talvez não haja motivos para muita incredulidade, porque os EUA, sendo a encarnação da técnica e da liberdade política, essas duas forças sem as quais nossos países definhariam de forma catastrófica, precisam se manter, quase por necessidade absoluta, à altura do que são. Daí que essa questão de legado, que para nós às vezes pode parecer mais um jogo de espírito, para eles terá de ser uma questão imperiosa de vida ou morte. Deixemos que o tempo mostre como eles vão lidar com esse problema

Fechado o parêntese, voltemos. Eu dizia que a diferença entre nós e a Europa é quase de civilizações. Isso quer dizer que estamos cada vez mais afastados de nossas próprias raízes. Agora note bem o leitor: estou me referindo ao seu legado. Porque não importa simplemente o que distinto filósofo europeu hoje pense ou escreva sobre o que for. É preciso que ele seja claramente um membro atual desse passado europeu, sem decadentismos. Quando a nossa nação começou a crescer, a Europa já estava perdendo a si mesma. Numa palavra, começou a entrar em decadência. E nos dirigimos justamente para aquele país que mais experimentava anemia: a França. Crescemos sob as asas de uma senhora que não aguentava mais a si mesma. Do outro lado do Reno havia uma nação pujante e curiosa, que moldava o mundo moderno com espírito bastante curioso. Seus cientistas ganhavam prêmios Nobel, suas universidades eram consideradas as melhores do mundo e sua literatura começava a ser reputada como fundamental - sem contar a sua música, que bem antes já era motivo de respeito e veneração. Esta nação era a Alemanha. Descontemos as imperfeições graves que não a permitiram estar à altura dos tempos. O início do século XX foi uma das épocas mais paradoxais para aquele país, porque suas glórias no saber foram contrabalanceadas pelas catástrofes no terreno político. É uma versão curiosa daquele dito: sorte no amor, azar no jogo. O fato é que foi lá que homens de espírito sacudiram todas as áreas do conhecimento humano. Pois bem, nosso país, sempre atrasado e pouquíssimo curioso, perdeu a oportunidade de se ligar com aquele movimento importante. Nação prosaica que é, para o Brasil só duas coisas chamaram basicamente a atenção: a guerra e a política. Infelizmente não houve quem percebesse esse problema e chamasse a atenção. A única coisa que interessava era o modismo. O que chegava aqui já estava marcado pelo tempo. Mas na Europa em geral também o problema era esse. O termo mais comum era "movimento". Tudo se tornou uma questão de movimento, da física até a política e o manifesto artístico. Um dia o sujeito defendia a tese A, depois cria em B só para no futuro estar com X, sempre com incrível entusiasmo. Vale mencionar um detalhe: eram sempre movimentos anti alguma coisa, mas isso, como eu disse, para esse texto é um detalhe. Feito a cobra hipnotizada pelos sons enigmáticos do flautista, o brasileiro se deliciou com tudo o que aparecia. É que temos um ranço caipira. Porque tudo o que descobrimos parece a coisa mais nova e mais bela.

Quando o brasileiro consegue entrar em contato com o que vem lá do outro lado do mar, é comum que ele se encha de confiança e represente pela enésima vez o papel do jesuíta catequizando o índio. Um homem como José Bonifácio, que de mendaz, falso ou mesquinho não tinha nada, quando voltou ao Brasil após 36 anos fora, escreveu a D. João VI: "Estou sempre pronto para servir a Sua Majestade como homem de Letras, última consolação sólida que me resta entre Botocudos e Árabes do Mato" Alerto o leitor que o grifo não é meu, mas do Patriarca. Não há religião nessa empreitada. Sem a batina, porém com o orgulho do caipira que agora está na cidade grande e conta seus triunfos diários para os da sua terra, a única figura que esse brasileiro pode representar é a do entrão. Daí essa mistura tão estranha no brasileiro que entrou em contato com o que está do outro lado do mar: é ao mesmo tempo um jesuíta e um entrão, o que equivale dizer que não é nem uma coisa nem outra. Falta-lhe, portanto, autenticidade. Onde ela estaria? Quase ninguém sabe, e os que sabem parecem criaturas nascidas de geração espontânea, porque não foi pela riqueza da terra nacional que essas pessoas surgiram. Essa terra é estranha para esse brasileiro e ele não se sente à vontade senão no círculo reduzido de seus conhecidos. Não faz idéia de pátria porque isso é uma abstração forçada demais para a sua realidade. Esse brasileiro é um apátrida: não é daqui, afinal está cercado de "botocudos e árabes do mato" que sequer imaginam o que seja la finesse; não é lá do outro lado do mar, porque não passa de um forasteiro sem espírito de jogo querendo ingressar no clube de cavalheiros. Falta-lhe o pedigree: ele é sine nobilitatis, snob. Sem pátria e sem autenticidade, o brasileiro é a criatura mais perdida do mundo.

Embora a situação exija uma resposta filosófica, o brasileiro, por ser tão avesso ao espírito, prefere deixar tudo de lado e ver se as coisas se ajeitam ou, como as pessoas gostam de falar, "dar um jeitinho". Ver que a situação é seríssima envolve uma dimensão trágica. Essa dimensão é uma das exigências para a aquisição de cultura, e não é à toa que o brasileiro, quando a tem, é de um modo insuficiente, não profundo e geralmente só estético. Cada vez mais está fadado a ser das duas uma: ou o sertanejo ultra-realista ou o intectual polido mas sem muita profundidade. Como geralmente nosso país prefere isso à própria salvação, o verso de Rimbaud poderia substituir o famigerado "Ordem e Progresso" da bandeira: Par délicatesse j’ai perdu ma vie.

Wednesday, May 02, 2007

Problemas brasileiros

- Tenho estado chateado com tudo, meu amigo...

- Essa é uma das queixas mais antigas da história do mundo. Desde que Adão foi expulso do Paraíso, houve um só choro e um só gemido, intercalados por uma visão de esperança fundada no amor. Mas me diga, qual o motivo da tua chateação?

- É que tudo parece tão sofrível... Veja este nosso país, por exemplo. Ninguém parece prestar, a começar por aqueles que deveriam dar o exemplo.

- Os políticos?

- Sim, também. Mas me refiro a todos que ocupam posições importantes. Professores, juízes...

- Bem diziam os antigos: a pior corrupção é a dos melhores. Mas você acha que o político, o professor e o juíz, para ficarmos só nesses, são os melhores?

- Pelo menos em tese deveriam ser, não acha?

- Pode ser. Mas acho também que é nessas figuras tão ilustres que muito bem pode aparecer toda a nossa miséria e nossa fragilidade. Existe maior exemplo do que estou dizendo que o caso de alguém que governou por tanto tanto tempo e que era tão respeitado mas que no fim acabou de modo lastimável? E quando um professor erra ou um juiz é injusto, isso não aponta também para a fragilidade das coisas? Para te ser franco, acho melhor irmos mais além: não acho que devemos buscar no fato de alguém ser professor, juiz ou político a razão de ser bom, mas no contrário: é por ele ser bom é que acaba se tornando juiz, professor ou político. Porque se a ordem das coisas não for a natural, o que advirá será apenas desgraça.

- Está meio complicado de entender o que você está querendo dizer. Quer dizer que eu não devo ligar para o que essa gente faz, independente dos seus abusos?

- Não foi isso que eu quis dizer. Estou dizendo que essas funções todas que você citou advém primeiramente do fato de o sujeito ser bom. Esse é o núcleo comum entre todas elas. Para você saber mandar, distribuir justiça e ensinar você precisa ter alguma virtude. Imaginar que do fato de alguém ser professor, juiz ou político decorra que ele seja bom é uma meia-verdade, na melhor das hipóteses. Pois bem, havendo uma carência enorme de pessoas boas, como haveria gente capacitada para mandar, distribuir justiça e ensinar bem? Haverá na realidade uma quantidade anormal de pessoas que de modo algum estarão aptas para exercer a função que ocupam. A conseqüência desse tão triste estado de coisas será a desmoralização progressiva de todas aquelas importantes funções que você mencionou, até chegar a um termo que prefiro nem mencionar. Daí que o problema seja ainda mais profundo.

- Então você, no fundo, concorda comigo?

- Sinceramente, não sei dizer até que ponto. Que tudo está muito ruim, está, mas não gosto muito de me alongar nisso.

- Como não? Você não pode se fazer de cego. Se vê alguma coisa e diz que não viu, estará falseando a tua própria consciência.

- Eu não disse que tudo está bem. Só disse que por não saber até que ponto as coisas estão ruins, prefiro não me alongar muito.

- Mas você está percebendo como tudo está ruim, não é?

- Claro.

- E não percebe como, só para dar um outro exemplo triste, mesmo aqueles que se dizem cristãos na verdade só o são da boca para fora? Na prática são todos uns ateus. É por essas e outras que fico chateado com tudo.

- Acho que agora você está tocando num problema de outra espécie, mas vamos lá, eles têm mesmo alguma relação. Só acho engraçado você dizer uma coisa dessas, a menos que você, meu amigo, seja algum santo.

- Nao preciso ser santo para ver como um monte de gente é má cristã.

- Sim, não precisa, mas é evidente que você deve estar então acima dessas pessoas, porque do contrário não estaria dizendo essas coisas.

- De certa maneira estou sim.

- Se você está acima dessas pessoas, se você percebe que elas estão equivocadas, por que não coloca tuas palavras à prova e te torna um bom pastor? Acredito que seria um bom pastor pelo que me diz.

- Como assim? Não tenho a menor vocação.

- Não ouviu o chamado ainda?

- Não.

- Será que não? Talvez a tua vontade signifique alguma coisa.

- Não, meu amigo, estou certo que não.

- Quer dizer então que está apenas fazendo algumas constatações?

- Claro.

- Se você tivesse o dom de reconduzir as ovelhas perdidas, eu seria o primeiro a te aplaudir. Mas se você não tem, é bem provável que faça parte do rebanho. Se é assim, por que você fica criticando as pessoas por serem cristãs de segundo time? Antes de você criticá-las, a primeira e mais óbvia coisa que deveria fazer é oferecer como belo exemplo a tua própria vida e mostrar através dela como se deve ser um bom cristão. Não preciso te lembrar que para os antigos a virtude não era questão de posse, mas de ser, e portanto poderia ser admirada e imitada, nunca transferida. Está me entendendo? Mas me diga outra coisa: você, embora se considere acima das outras pessoas nesse ponto, de ser um bom cristão, também acha que vive cristãmente na plena medida de tuas forças?

- Não diria na plena medida de minhas forças, porque não é algo que se faz por si só. Olha, quero dizer é que preciso sempre de Deus, porque sou muito fraco. Por sinal, acabo de lembrar uma coisa que o Apóstolo escreveu: é na fraqueza que reside a minha força.

- É um belo pensamento.

- Certamente... Mas sabe, dizendo essas coisas assim tenho a impressão de não estar tão acima dos outros...

- Por que não?

- É que todos têm problemas, não é?

- Com certeza.

- Agora entendi o que você tentou sutilmente me fazer pensar...

- Ora, de onde tirou essa idéia?

- Não me faça de bobo! Sei que a tua intenção era que eu primeiro me preocupasse comigo mesmo antes de criticar os outros.

- Achei engraçado o fato de você dizer que tentei sutilmente. Não foi sutil, foi de modo claro. Era a conclusão mais clara do que eu estava querendo dizer.

- Então posso bem deduzir que também o mesmo se refere aos maus políticos, juízes, professores...

- Enfim você começou a me entender.

- Olha, ainda não entendi muito bem, sabe? Não me acho tão desautorizado a ponto de não dizer que político que rouba é ladrão, que professor que engana aluno é charlatão e que juiz que dá sentenças mediante propinas é desonesto. Você me tem em tão má conta assim?

- É óbvio que não. Você é uma boa pessoa e tem todo o direito de se sentir indignado.

- Se você está me dizendo a verdade, só posso imaginar então que está querendo me dizer para que eu fique de preferência de bico calado. É isso?

- Sobre esse problema que estamos discutindo, eu diria que sim, na maior parte das vezes. Mas creio que você, caso reflita bem sobre o assunto, terá o discernimento necessário para criticar o que deve ser criticado ao mesmo tempo que, nesse ponto, através de teu próprio exemplo em matéria de virtude, empenhe a tua vida de forma a demonstrar qual é o modo mais adequado de ser. Porque a nossa vida é o penhor de nossas idéias. Se você criticar a maneira de alguém ser cristão, você deve ser realmente cristão, o que implica em buscar auxiliar aqueles que você porventura esteja criticando, nem que seja jogando sal nas feridas. Mas só faça isso se você tiver vencido em ti mesmo aquilo que por acaso vier a criticar nos outros. E para os outros assuntos, como o problema da corrupção de professores, juízes ou políticos, é claro que não precisa exercer a função de cada um deles, porque o problema está na falta de virtude. E a virtude, embora presente em cada uma daquelas funções, não é propriedade exclusiva de nenhuma delas. Por outro lado, sendo você mesmo alguém dotado de virtude, o teu exemplo vai acabar sendo observado obviamente naquilo que você faz, seja o que for. Naturalmente, quanto mais você reclamar, maiores serão as cobranças, portanto maiores os deveres. Saiba, porém, o seguinte: se você tiver mesmo virtude, mal sentirá o peso das dificuldades, porque ela, ao enobrecer aquilo que você faz, torna o que está sendo feito belo, e é esse embelezamento que torna tudo leve. Lembre-se que a leveza é sinônimo de alegria, e não é por acaso que as palavras "peso" e "pêsames" têm a mesma raiz, da mesma forma que "alegria" e "alígera". Se quiser, portanto, um conselho, acho que você só deve se aventurar a ser um crítico de teu país e de teus concidadãos apenas se realmente for uma pessoa virtuosa, pois assim você acabará encaminhando pelo menos uma pessoa em direção ao bom caminho. Do contrário, é melhor não te atrever a criticar ninguém e te preocupar só com teus problemas, pois o fardo seria tão penoso que você acabaria esmagado na primeira oportunidade. Sem contar que seria ridículo pedir a alguém doente salvar uma pessoa que estivesse se afogando.