A estratégia é de uma simplicidade assustadora. Usa-se a caridade, um dos princípios do Cristianismo, para destruir os próprios cristãos.
A tática já é um pouco tortuosa. Cria-se um problema de perspectiva: ninguém sabe mais até onde vai o amar ao próximo como a si mesmo e o amar a Deus acima de todas as coisas. As relações mútuas entre uma idéia e outra acabam se tornando nebulosas e até contraditórias. Então surge uma espécie de religião monstrenga, como se fosse um ogro de duas cabeças. Cada cabeça corresponde a uma prática diversa. Uns cedem tudo, variando apenas a celeridade com que buscam agradar a todos. Não conseguem nem mesmo perceber, graças a racionalizações, o perigo que estão correndo, considerando até que estão vivendo segundo as riquezas da verdadeira fé, embora estejam de fato querendo agradar de algum jeito os inimigos mais odiosos e jurados da Igreja. Já outros são tão pior quanto. Tosca e vaidosamente, atacam qualquer um para, logo em seguida, encastelarem-se em seu mundo filisteu, com a Bíblia debaixo do braço, crentes que agem como autênticos monges-guerreiros, despreendidos do mundo.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Faltou o seguinte: "Hoje em dia, etc".
Bom, muito bom!
Abraços,
Carlos.
Post a Comment