Se ser contra a guerra do Iraque não é uma demonstração de canalhice, então pelo menos é de bobismo levado ao extremo, afinal de contas um governante bigodudo salafrário que mandou para os jardins de Allah mais de trezentos mil de seus próprios cidadãos tinha de ser expulso a chutes de uma imensa botina, mais ou menos como acontece em desenhos animados. Aliás, seria ótimo se realmente o chutassem ou o "torturassem" como fizeram com aqueles pobres-diabos que até então eram os temíveis cães-de-guarda do Iraque (por exemplo, fazendo pipi na cabeça dele, o que, convenhamos, é um tapa com luvas de pelica se comparado aos milhares de mortos, mutilações e coisas belas do gênero que ocorriam no Iraque).
Contudo, bobismo maior é esse Fórum Social Mundial. Ingressar naquilo é escrever na própria testa um atestado de, na melhor das hipóteses, bobão. Exatamente isso: bobão. Mais ainda será caso tenha a displicência de viajar milhares de quilômetros para visitar aquilo, como foi o caso de Saramago ou daquele francês enjoado que há anos atrás foi convidado para, a título de cortesia, invadir umas fazendinhas com o MST.
Não sei o número de pessoas que foram ao Fórum, já que minha preocupação com semelhante coisa se retringe apenas em expressar o óbvio, isto é, sua bobice crônica. Mas suponho que muitas pessoas para lá foram. E possivelmente vários jovens brasileiros, sem contar os que não viajaram mas olham para aquilo ao menos com vaga simpatia, comprovando que, por natureza, fomos doutrinados a por nossos bumbuns para o alto e rezar segundo a Meca esquerdóide.
O problema aumenta quando começam a meter a mão em meu bolso para financiar um bando de bobões a se masturbar debaixo do chuveiro ou a andar nus de um lado para o outro. Aliás, não ficou claro se estavam se masturbando juntos ou não, o que não seria nenhuma surpresa. Não interessa. A própria idéia de financiar com dinheiro público algo como o Fórum Social Mundial é um absurdo de fazer o sol, caso tivesse sentimentos, se esconder para sempre de vergonha. Queria ver a reação dos participantes daquele circo se o Estado patrocinasse anualmente um megaencontro da nata da intelectualidade liberal do mundo.
(Breves parênteses: essa história de masturbação me fez lembrar de uma cena d'A Lagoa Azul (aquele filme com a linda Brooke Shields), na qual a mocinha pega o rapazinho se masturbando. Ora, ambos estavam onde muitos considerariam um paraíso natural, isto é, uma ilha tropical sem uma única biblioteca próxima, muito menos um computador - algo similar ao inferno, na pobre opinião deste mais pobre ainda autor. Não há um paralelo evidente entre essa cena e o que aconteceu no FSM, no paraíso esquerdistóide, onde singelas moças viram rapazes com, se o leitor me permite usar uma expressão adaptada aos tempos modernos, a mão na "botija"?)
Ah, cansei de escrever sobre estas bobices. Fiquei com vontade de mudar completamente de assunto (o texto é meu, faço as inversões que eu quiser, rá, rá, rá...) e dizer algo sobre 2001: Uma Odisséia no Espaço, filme este que esperei uns quatro anos (sem a menor expectativa, por mais estranho que possa parecer) para assistir, e que no final das contas nem gostei muito. Ele passou de madrugada no Corujão, acho que na madrugada de quarta para quinta (dia 3/02?). Mas deixarei para comentar amanhã ou depois que eu voltar de viagem, semana que vêm.
OBS: Acho que está se tornando um hábito deste blog o empurrar textos com a barriga para um futuro incerto... Não se alarmem, não se alarmem. A este assunto pelo menos voltarei logo.
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